quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Síndrome do impacto do ombro! O que é e qual o tratamento fisioterapêutico?




O ombro é uma articulação muito complexa, e é a que mais tem mobilidade do corpo humano. Embora tenha movimento nos três planos, sua conformidade anatômica a torna uma articulação instável (principalmente na articulação glenoumeral), devido à esfericidade da cabeça do úmero e a superfície rasa da cavidade glenóide.

A síndrome do impacto do ombro (SIO) consiste no impacto mecânico dos tendões que se inserem no espaço umerocoracoacromial, principalmente o tendão do supraespinhoso, bíceps braquial cabeça longa, a Bursa subacromial e a articulação acrômioclavicular. A progressão da síndrome se dá pelo impacto constante dessas estruturas e pode causar desde micro lesões à rupturas do tendão parciais ou totais e tendinite.

Um dos mecanismos que pode desencadear a SIO é o uso intensivo da articulação do ombro, como em alguns esportes – natação, voleibol, arremessos de peso e dardos, tênis, etc. - por exemplo. O que leva a possibilidade de fibrose da Bursa subacromial, que gera menos espaço na concentração umerocoracoacromial que desencadeia um “esmagamento” do tendão do manguito rotador – principalmente o tendão do supra-espinhal – gerando dor intensa e limitação funcional.

O diagnóstico é feito de diversas formas – tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, ultrassonografia – sendo o raio-x o mais usado, nas incidências ântero-posterior (AP) e perfil em vários ângulos. Os testes especiais também ajudam na identificação de estruturas envolvidas no quadro patológico, uma delas é a manobra de Neer.

FISIOTERAPIA

O tratamento fisioterápico deverá ocorrer de três a seis meses, sendo indicada ao paciente a cirurgia somente se não houver reabilitação nesse tempo.


O objetivo inicial da fisioterapia na SIO é redução e abolição da dor e edemas, evitando-se exercícios exagerados que possam piorar o problema. A utilização da TEENS (estimulação nervosa elétrica transcutânea) é indicada para a redução de dor, e a crioterapia é eficiente na redução da inflamação. Após a redução de dor e edema, os exercícios para ganho de ADM e melhora da flexibilidade dos músculos rotadores mediais e laterais do ombro e romboides, devem ser incluídos no programa de reabilitação. Também os exercícios pendulares são interessantes para o alongamento e tração da articulação glenoumeral, e deve-se prosseguir o tratamento buscando o fortalecimento dos músculos estabilizadores da escápula, já que a fraqueza desses músculos levam ao quadro de impacto constante, pois mantém alterado o ritmo escapuloumeral. Outros músculos a serem fortalecidos são os rotadores mediais e laterais do ombro, pois eles desempenham um papel fundamental na estabilização e depressão da cabeça umeral.


Referência

Artigo: Tratamento conservador na síndrome do impacto no ombro.

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